quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Homenagen a o Michael Jackson



Morre Michael Jackson: morre o homem, fica o mito.Um dia, quando eu era criança, minha irmã me chamou para ver algo na televisão. Era um vídeo no ano de 1985, quando não existia MTV por aqui, o mais perto que chegávamos de “clipes” era no programa Clip Trip, com o Capivara, ou no Fantástico, com vídeos promocionais de Raul Seixas e cantores da época. O que passava na TV era Thriller.
Eu tinha uns 6 anos de idade, mas me lembro nitidamente de ter ficado impressionadíssimo com a história do vídeo, um isto de medo e êxtase com as danças e principalmente com a música. O carisma daquele cara negro cantando e dançando me cativou, eu queria mais, logo descobri outras músicas daquele disco como Billie Jean e Beat It, que tiveram seus vídeos em alta rotação na TV aberta. Sempre que passava um vídeo desses minha mãe me chamava pra ver.
Virei fã. Michael Jackson foi o primeiro ídolo que tive na vida. Eu gostava demais das músicas do disco Thriller, eu não sabia das vendas, não sabia nem que um dia tinha existido o Jackson 5, não sabia de nada, tudo o que eu sabia era que eu adorava Michael Jackson.
Pra mim, existia algo de mágico naquele símbolo do MJJ que vinha no LP, com um passo de dança desenhado. A parceria com Paul MacCartney foi perfeita apesar de curta, o vídeo de Say, Say, Say era foda também. Mas pouco depois, com o lançamento de Bad veio o primeiro estranhamento… o cara estava branco?

Apesar disso a febre foi igual.Lembro que aquele solo funkeado de Smooth Criminal entrou na minha alma. Na escola trocávamos LPs e fícávamos tentando fazer o moonwalker, mas ninguém nunca conseguiu. Um dia chegou um amigo com um album coletânea do Jackson 5 e um novo universo se abriu pra mim. Claro que as músicas Ben e I’ll Be There já estavam no meu subconsciênte, músicas eternas que eu nem sequer podia, com minha juvenil cabeça de pré-adolescente, imaginar que aquelas músicas eram cantados por um infantil Michael Jackson. Pirei ainda mais…

Pois é, mas fui crescendo e deixando o ídolo da lado. Quanto mais branco ele ficava, mais eu me desinteressava pelos seus lançamentos. Os escândalos com que Michael se envolvia foi me fazendo criar uma mágoa pelo Rei do Pop e eu, que tinha orgulho de dizer que era meio negro por causa dele, comecei a me envergonhar de um dia ter curtido suas músicas. Escondi então Michael no fundo do mais soturno baú da minha mente e lá o deixei.

Mas mesmo assim, vira e mexe, eu pegava uma fita VHS onde gravei o seriado The Jacksons que a Globo exibiu nos anos 90 e ficava curtindo, ou depois, colocava um som dele no Youtube e brisava sozinho, fechando a janela rapidamente quando alguém chegava. Só recentemente resolvi fazer as pazes com o ídolo e dizer aos quatro cantos que sim, eu gosto de Michael Jackson.

Ficava imaginando como seria o dia em que ele morresse. Ia ser foda, a mídia ia fazer um circo completo, a mesma mídia que o massacrou o coroaria mito… Os especiais que passariam, a retrospectiva no fim do ano e tudo mais…

Eis que um dia, quando eu estava perto de completar meus 30 anos, fiquei sabendo que Michael partiu dessa pra melhor. Não foi a TV nem a internet que me avisou… foi como aconteceu há mais de 20 anos, com minha irmã me chamando para ver algo sobre Michal Jackson que passava na TV.

Descanse em paz Michael Jackson, o que você fez pela música é muito maior do que qualquer erro que nós, humanos, podemos cometer.

Homenagem ao Michael Jackson o REI do POP


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